quinta-feira, 26 de abril de 2007

Cientistas alegam ter encontrado provas de que algumas pessoas podem tornar-se viciadas em fazer exercício físico

Um estudo em ratinhos demonstrou que quando alguns deles eram privados de exercício, havia actividade em certas áreas do cérebro normalmente ligada à retirada de drogas. Os estudos da Universidade de Wisconsin sugerem que o mesmo pode ser verdade em indivíduos com comportamentos «extremos» que tendem a fazer exercício de forma intensa. Muitos especialistas acreditam que o «vício em exercícios» não é uma condição física.

Um estudo publicado no jornal Behavioral Neuroscience, utilizou uma raça especial de ratos que tende a usar uma roda de exercícios durante períodos mais longos do que outros ratos. Estes ratinhos de «raça especial» e outros comuns tiveram acesso às rodas de exercícios e podiam usá-las por tempo indeterminado.

Depois de seis dias, alguns dos ratos de cada grupo foram impedidos de usar as rodas. No momento do dia em que os ratinhos deveriam ter atingido «o auge da corrida», foi feita a medição química da actividade cerebral de todos as cobaias. Foi então constatado que os ratos que não tiveram acesso aos exercícios mostraram maior actividade em 16 das 25 regiões do cérebro, sendo mais acentuado em ratos de «alta actividade». Esta mudança na actividade do cérebro é uma indicação da motivação para correr.

Componente Psicológica destes Distúrbios

Preocupações em relação ao aspecto físico (Transtorno Dismórfico Corporal):
O indivíduo é consumido pela sensação de que há algo de errado ou anormal com o corpo ou com qualquer aspecto da imagem corporal ou da face, mesmo quando os amigos e familiares dizem que está tudo óptimo. Esta preocupação causa sofrimento e o indivíduo pode recear actividades sociais ou evitá-las, com medo de se expôr, tentando corrigir um hipotético defeito, pois há uma excessiva valorização do corpo e a sensação de que ele não satisfaz as expectativas.

Na Vigorexia ou Síndroma de Adónis existe um preocupação excessiva com a musculatura, o corpo e o exercício físico. Existe uma distorção do esquema corporal porque, por mais exercício físico que façam e mesmo tendo um corpo muito grande e musculado, estas pessoas vêem-se como fracas e débeis. Este transtorno provoca sofrimento, gerando ansiedade, depressão, fobias e comportamentos compulsivos. Existe uma relação entre introversão, dificuldades de relacionamento interpessoal, timidez e mesmo fobia social, com este transtorno. Ao mesmo tempo, pode haver uma grande necessidade de aprovação social, mas sentindo insatisfação e complexos com o próprio corpo.

Da mesma forma que existe uma distorção do esquema corporal com a anorexia, em que o indivíduo nunca se vê suficientemente magro (ainda que na realidade esteja excessivamente magro).

A terapia cognitivo-comportamental pretende, entre outros aspectos, modificar os esquemas distorcidos, melhorar a auto-estima e reduzir os comportamentos obsessivo-compulsivos.

Pica

A causa da pica há muito que é procurada a partir de perspectivas nutricionais, sensoriais, fisiológicas, neuropsiquiátricas, culturais e psicossociais. As teorias nutricionais são as mais citadas, em geral atribuindo a pica a deficiências minerais específicas, como ferro e zinco.

Efeitos da pica

  1. toxicidade inerente das substâncias ingeridas
  2. complicações obstrutivas (p.ex.: tricobezoar)
  3. desnutrição
  4. outras complicações (p.ex.: parasitoses, traumas odontológicos)

Exemplos de pica

As principais ferramentas terapêuticas são a orientação dietoterapêutica e a suplementação com ferro ou hemotransfusões. O aconselhamento psicológico e o emprego de inibidores da recaptação de serotonina são também recursos bastante úteis, porque embora muitas vezes os medicamentos e vitaminas possam reverter a pica, em muitos casos o tratamento exige considerações psicológicas, ambientais, etc. Em alguns casos uma leve terapia de aversão tem servido para modificar o quadro de pacientes que sofrem com essa condição.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Dia Mundial do Livro


Porque ontem foi o Dia Mundial do Livro aqui ficam algumas sugestões de leitura, relativas aos temas aqui abordados:

Anorexia Mental - Moura, Elysio

Anorexia e Bulimia Nervosas - Cardoso, Sonia

Anorexia e Bulimia - Maia, Bruno E Susana Andrade

Anorexia Nervosa e Bulimia - Duker, Marulyn E Roger Slade

Social Construction of Anorexia Nervosa - Hepworth, Julie

Anorexia Bulimia Obesidade - Apfeldorfer, Gerard

Anorexia e Bulimia - Gerlinghoff, Monika

Anorexia e Bulimia - Byrne, Katherine

Anorexia e Bulimia O Que São - Cordas, Taki Athanassios

Que Consequências tem a Anorexia - V A

Anorexia E Bulimia - Raich, Rosa Maria

Anorexia Bulimia E Obesidade - Busse, Salvador De Rosis

Emagrecer - Por Que Se Engorda E Como Se Emagrece Peres, Emílio


quinta-feira, 19 de abril de 2007

Carências nutricionais levam à ingestão de cinzas, barro e cabelo...


A Pica é uma perturbação atípica de comportamento alimentar, que ocorre geralmente na infância, em crianças de idade pré-escolar, com menos de sete anos.

O distúrbio caracteriza-se pela ingestão persistente (mínima de um mês) de substâncias não nutritivas, inadequadas para o desenvolvimento infantil e que não fazem parte de uma prática aceite culturalmente. As crianças com esta perturbação costumam ingerir coisas como barro, insectos, cabelo e cinzas de cigarro. Os casos de pica são bastante raros. Ocorrem em maior número, entre crianças de famílias com baixo nível económico e carências nutricionais, ou que sejam vítimas de negligência ou agressão familiar.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Vigoréxicos recorrem a dopantes


Como referimos no post anterior os vigoréxicos são bastante apologistas de produtos dopantes e anabolizantes. Anabolismo é o processo metabólico que constrói moléculas maiores a partir de outras menores. Anabolizantes são substâncias geralmente derivadas da hormona sexual masculina testosterona, e podem ser administrados por via oral ou injectável. São usados para diversos efeitos, incluindo efeitos terapêuticos, mas têm sido especialmente usados por homens e mulheres em muitos tipos diferentes de desportos para atingirem um nível competitivo ideal através do aumento da massa muscular ou para ajudarem na recuperação de lesões, apesar do seu uso para obtenção de vantagens competitivas ser proibido pelas leis dos corpos governamentais de vários desportos.

Os anabolizantes têm sido prevalentes também entre os adolescentes, especialmente aqueles que praticam desporto. Estudos mostram que a prevalência de uso entre os estudantes das High School americanas pode chegar a 2,7%. Os estudantes homens usam mais do que as mulheres e aqueles que praticam desporto, em média, usam com maior frequência do que aqueles que não praticam.

É extremamente difícil determinar a percentagem da população que tem utilizado recentemente esteróides anabólicos, mas esse número parece ser muito baixo. Os usuários de esteróides tendem a ser homens entre 15 e 25 anos e fisiculturistas não-competitivos e não-atletas que os usam por razões cosméticas.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Novos temas no Blog - Vigorexia


Depois de uma curta pausa consequente dos festejos Pascais voltamos agora com novos temas dentro do âmbito deste blog.


Sabe o que é a Vigorexia?
A Vigorexia não é ainda considerada uma doença do comportamento alimentar, mas está descrita como uma perturbação “atípica” do mesmo. Resolvemos falar-vos do tema, pois dando uma certa continuidade ao assunto abordado anteriormente, anorexia, sabe-se que a pessoa vigoréxica apresenta um narcisismo muito parecido com a anoréctica, e por isso, esta situação é também conhecida como anorexia reversa ou dismorfia muscular. Enquanto as anorécticas se vêem com peso a mais e lutam para diminui-lo, as pessoas vigoréxicas sentem-se esculpidas e querem aumentar cada vez mais a sua massa muscular exibindo com orgulho a sua aparência musculosa.

Atinge principalmente culturistas e dependentes do exercício e tende a afectar mais homens do que mulheres, pois estes são mais pressionados socialmente a serem musculados. A maioria afectada são homens entre os 18 e 35 anos, que dedicam entre 3 a 4 horas diárias ao exercício. O regime alimentar passa pelo elevado teor proteica e a importância dada a produtos dopantes.